Saturday, March 17, 2007

Abraço.

De que me vale o abraço? Se o abraço não é meu. A vida não é como eu quero. Me quebraram os ossos, me jogaram na lama, com os porcos e me soltaram no mundo em busca de um amor impossível. Num mundo que nunca ví. E nunca verei inteiro. Sozinho. Podre. Sem vida, vivendo.
Sem controle sobre meus atos. Fazendo o mal a todos que gosto. Ninguém realmente me gosta. E a vida passa, sem sentido, sem eu sentir nada. Mas com toda a dor do mundo, sobre os ombros tão cansados de ser eu. Sobre uma terra bruta, com gente bruta. Ninguém quer se lapidar...Eu por vezes acho que sou bom... pura ilusão... sou a mesma merda bruta que todos. Todas as pessoas são nada, o mundo é nada e eu sou tudo, cheio de nada. Pronto para perder nada o que tenho. Sorrindo sem ter o porquê. Sorrindo feito um idiota. Sorrindo à tristeza. Com lágrimas de um perdedor no canto dos olho. Pronto, sem me preparar, para a próxima derrota. Com uma estante cheia de prêmios, sem sentido algum. Sem a vida que eu quero. Sem a vida que eu preciso. Sem o amor que anseio. Perdido, sem rumo, podre. Sem nenhum abraço.

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