Thursday, January 04, 2007

Noite estranha.

Meu coração querendo sair pela boca e eu não consigo me mexer. O pulsar cardíaco meu deixa surdo. Não enxergo nada. Meus olhos repleto de lágrimas. O vento me traz arrepios, arrepios de horror.
Ela, no chão, sentindo nada.
Dói cada milimetro do meu corpo, partes que achei que não podiam doer... Não consigo pensar em nada. Ela está morta! Não sei quem é, mas morreu. Nem ao menos pudo conhece-la. Bem que ela podia ser uma grande filha da puta. Assim espero...
Nauseado fui caminhando até minha casa.
Não consegui abrir o portão. Sorte que meu vizinho chegou pouco depois. Ele deve ter pensado que estava bêbado.. Que, de fato, estava, mas quem é ele para me julgar. Aquele olhar reprovador me deixou furioso. Entrei no meu apartamento, liguei uma música, me deitei.
A raiva me controlava. "Quem ele pensa que ele é?". Não aguentava mais, estava pronto para a briga. Fui para o seu apartamento.
Bati forte na porta. Ele logo abriu, com um sorriso na boca que logo sumiu ao ver minha face enfurecida. Convidou-me para entrar. Entrei. Me ofreceu uma cerveja perguntando a que devia minha visita. Aceitei a bebida e esqueci por qual razão estava lá. "Conversar.". Foi o que respondi sem pensar.
E o fizemos, por muito tempo, quase a noite toda. Contei tudo sobre a mulher morta que ví. Ele ficou horrorizado mas querendo saber cada vez mais, nos mínimos detalhes.
Me despedi e fui correndo dormir.
Noite estrana esta...

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