Sunday, April 23, 2006

Pensando sobre tudo, que é o nada.

Já ouvi diverssas vezes que as verdadeiras obras-primas provém do sofrimento dos artistas. Acredito muito nesta premissa, sem sofrimento não há arte, principalmente na escrita, entretanto eu tenho estado tão na merda e não consigo escrever nada... Será que existe um limite de sofrimento para inspiração, e eu superei este?
Amar fode toda a nossa vida. Não amar fode mais ainda. Ser saudavel pode nos deixar estressado. Não ser, pode nos matar. Ser amigo de todos pode nos trazer traição. Não ser pode nos fazer trair e nos corroermos de culpa.
O que eu tenho que fazer para sofrer menos, mas ao mesmo tempo sem deixar de sofrer?
A morte? Não, obrigado. Vou continuar mais um tempo dizendo não para ela.
A vida? Será que ela existe? Será q nós vivemos ou só sobrevivemos?
Oque parece ser a vida é normalmente uma merda, mas dependemos dela pra viver e sermos felizes, até onde vai meu conhecimento. Então eu vivo. Sabendo que tudo não passa de uma merda. Que todos a minha volta estão prontos para me apunhalar pelas costas. Que eu não passo de um grão de areia, que nunca vou fazer a mínima diferença na vida de ninguém.
O amor pode estar longe de mim. Pode nem ao menos existir, mas nada me impede de continuar a amar todos a minha volta incondicionalmente. Amar cada mulher nova em minha vida, e me decepcionar a cada instânte, com aquele sentimento de culpa, por ter deixado aquela escapar. Mas será que aquela era mesmo AQUELA? Isso eu nunca vou saber... E na verdade não me importo muito com isso. Prefiro nunca saber, a me decepcionar mais uma vez. E de decepção minha vida já está cheia, e eu sou, para mim, a principal delas. Se eu não sou muito chegado a mim como os outros podem ser? Está certo que as vezes eu até me gosto um pouco, mas um pouco é o suficiente?

Saturday, April 01, 2006

Numa tarde fria de agosto Paulo entcontrou um velho amigo que não via a muito tempo, desde os tempos de escola. Notou que ele andava com um ar superior, cabeça erguida, olhando para todos como se fosse melhor. Por um instante Ricardo, seu amigo, olhou para ele, desviou o olhar mas retornou, examinou-o por alguns segundos, abriu um sorriso maior do que já estava e gritou:
- "Paulo! É você? Não acredito..."
- "Riardão! Quanto tempo... Como que tu estás?
- " Tô bem! E tu?"
- "Estou bem também! E o que andas fazendo da vida? Porra, muito tempo mesmo..."
- " Eu sou supervisor de vendas da Coca-Cola, ganhando uma grana... E tu?"
- " Eu me formei em letras, e estou acabando jornalismo... Escrevi um livro de poesias, mas quero mesmo é trabalhar em algum jornal..."
- " Porra, poesias? Não vai me dize que virou putão?"
- " Não, não..."
- " E anda cumendo muita mulher?"
- " Não... Estou apaixonado... Eu pretendo casar com ela. É a mulher da minha vida..."
- " Caralho! Eu não consigo ficar só com uma mulher. Tem que cume várias assim que nem eu... Comendo só uma teu pau vai cair..."
- " HEHEHEHE. Eu achava que isso acontecia quando não se comia ninguém..."
- " Com uma só também acontece... E não acha que é piada!"
- " Não acredito que tu acreditas nestas besteiras..."
- " É sério! Depois não diz que eu não te avisei...
Os dois se despediram, e cada um tomou seu rumo.
Naquela noite Paulo, depois de fazer amor com sua amada, deitado ao lado dela, pensou se devia seguir os conselhos de Ricardo, e comer outras mulheres, não com medo do seu pau cair, mas com medo por sua masculinidade.
No mesmo instante, Ricardo deitado sozinho em sua cama, após ter se masturbado, pensou: " O Paulo é um idiota, a mesma mulher, sempre... Como ele aguenta... Aposto que ele gostaria de cumer um monte de mulher como eu...".
O tempo passou, os dois não se encontraram mais. Paulo não aceitou os conselhos de seu amigo e se casou, teve um filho, e no dia em que seu filho completaria um ano, recebeu uma ligaçao. Ricardo morreu. Paulo não soube como. Foi correndo para o velório.
Encontrou a mão de Ricardo e foi falar com ela...
- "Olá senhora Gertude... Sinto muito pelo seu filho."
Ela chorando muito respondeu:
- " Obrigada. Mas o pior de tudo é o jeito como ele se foi. Ele parecia ter tudo..."
- " Desculpe, mas não sei como ele se foi..."
- " Ele se matou...
Ao falar isso choru mais ainda.
- " Ele deixou algum bilhete ou algo parecido?"
- " Não, mas eu sei o que foi... O pobre coitado não aguntou quando o seu pau misteriosamente caiu..."


Na vitrola: The Sound Providers feat. Little Brother - Braggin & Boasting