Monday, October 30, 2006

Ao ódio a ode.

Pensamentos levados pelo vento:
Eterna solidão, sangue se esvai
Pelos olhos; choro e lamento.
Ócio, da maldade o pai.
Faz da mente uma nociva arma...
Destrói a paz abusa da calma.

Pelo ódio; de ódio toma minh'alma.

Empunho o punhal da vida!
E trago-te a paz na forma de morte.
Da Vida não recorda imagem querida...
Fere, por dentro, até o Homem mais forte.
Construo um mundo do trauma!
Pare! Com a mão só a visão da palma...

Pelo ódio; de ódio toma minh'alma.

Sunday, October 22, 2006

Em busca da fé.

Ontem conheci um senhor baixinho, barbudo e natural de Anta Gorda que me disse ser Deus. Sou ateu. E sendo um tanto descrente , com uma pitada de hipócrita, acusei-o: "PAGÃO!". Sorrindo ele propôs que perguntasse qualquer coisa, para eu crer no que me dissera. Acredito que as religiões utilizam da falsa esperança para adquirir fiéis... Fiz então uma pergunta que acreditei que receberia uma resposta esperançosa. "O que viemos fazer aqui neste mundo?", indaguei. E com um ar calmo me respondeu: "Nada. Viemos morrer, da forma menos indolor possível, e aproveitar cada minuto que se paasa." Hoje acredito que ele é Deus. O Deus mais legal do que o de qualquer outra crença. Não preciso passar por um ritual chato e(ou) aguentar uma missa de horas, longas horas, horas chatas pra caralho... Mas tem uma semelhança, a única semelhança, é hora marcada para o encontro com meu Deus. Espero cada segundo para esta hora chegar. Todo dia às 18h meu Deus se encontra na mesa do canto do bar na esquina da minha casa. A "missa" dura até alguem cair ou o dinheiro acabar. Está certo que pago muito mais que o dizimo, mas com certeza é muito melhor empregado.
Hoje nada mais sou que um grande beato.

Tuesday, October 10, 2006

Tudo o que faz bem.

Eu, absorto, livre, fora
Desse mundo do terno
Não vejo o porquê do agora...
Nos meu pensamento enfermo.
Pra viver ninguém implora!
Enquanto a morte espera, por hora...

Tudo lhe faz bem,
Tudo o que o convém.

Acho lindo a beleza do podre
Dos feios ventres, saem beldades...
O novo filho sem nome
Que brilha fosco para a eternidade
Se o grotesco não te inspira
Aliás, tu até a aspirante aspira!

Tudo lhe faz bem,
Tudo o que o convém!